segunda-feira, 23 de junho de 2014

Dilemas de uma segunda-feira

Minutos antes de dormir eu fico divagando. Pensando mil e uma histórias interessantes que talvez rendessem um livro. Ou, no mínimo, alguns parágrafos de qualquer baboseira engraçada. Eu penso “vou anotar”, mas a preguiça toma conta e eu penso “amanhã cedo eu escrevo sobre isso”. Fato: eu nunca lembro o que pensei na noite anterior, não consigo nem mesmo lembrar a linha de raciocínio do que quer que estivesse na minha cabeça há menos de 12 horas. Foi pra longe. Em qualquer lugar da minha cabeça e, talvez, eu volte a reencontrar nas próximas divagações.
Você tem um sonho péssimo e acorda atordoada. Seu gato, que há duas semanas está ruinzinho, volta a piorar. Você sabe que precisa fazer algo porque, se algo acontece com ele, você vai se culpar e ficar eternamente com isso na cabeça. Vai trabalhar e tenta se manter animada.
Xeretando na internet você vê algo referente a mau humor, que ele traz benefícios inesperados a sua vida. Até que você se recorda de qualquer outra matéria que fala que a gente tem que ser feliz, tratar as pessoas bem e blá, blá, blá.
Odeio gente feliz full time. Ninguém é feliz 24 horas por dia, 7 dias da semana. Eu sou do tipo mau humorada e que, infelizmente, desconta em quem não deve. 


Preciso melhorar isso. Precisava de uma terapia. De um floral. De dar a volta ao mundo e tentar ficar normal.
Oi?
Tem dias que meu olho fica pulando sozinho, me disseram que é estresse. Eu dou risada porque ele fica pulando, parece que tá doidão. Fico avaliando só estou mesmo estressada, apesar da loucura do dia a dia, acho que tem gente que tem mais motivos que eu para ficar estressada.
Na verdade, acho que todo mundo vai surtando aos poucos, só precisamos encontrar uma válvula de escape. Algumas vezes eu preciso escrever. Extravasar de alguma forma e ver se volto a ficar legal.
Não ta conseguindo acompanhar o raciocínio? Ta ok, eu te entendo. Eu também não consigo acompanhar o que tá passando na minha cabeça.
Hoje voltei a dieta. Pela quadragésima nona vez (ou qualquer outra vez que eu tenha perdido a conta). Eu fico nervosa, eu como. Eu fico ansiosa, eu como. Eu to triste, eu como. Ai eu tento voltar ao normal comendo que nem gente toda segunda-feira. Acho que preciso de terapia.
Não sei lidar com a vida e com a comida. Dieta disso, dieta daquilo, corta o pão, o arroz e os pulsos. Não. Os pulsos não. A doidera ta grande, mas não sou louca a esse ponto.
Ta bom. Vai passar. Vai voltar ao normal. Não se assustem com o texto ta? São só dilemas de mais uma semana que se inicia. E não, nunca pensei em cortar os pulsos. Só o pão, o arroz e o macarrão. O refrigerante, ás vezes. O chocolate, até quando dá pra aguentar.
Nem sei como eu comecei o texto, mas sei que não tem ligação alguma de como ele terminou.
Respiro fundo. Pronto. A loucura passou.


Bom dia, boa tarde, bom jogo, boa semana! =]